Cinema: Resenha "Elysium"

Título: Elysium

Gênero: Ficção

Duração: 109 min.

Elenco: Matt Damon, Jodie Foster, Sharlto Copley, Wagner Moura, William Fichtner, Alice Braga, Diego Luna, Brandon Auret, Josh Blacker, Emma Tremblay, Jose Pablo Cantillo, Maxwell Perry Cotton, Faran Tahir, Adrian Holmes, Jared Keeso.

Direção: Neill Blomkamp

Avaliação: 

Sinopse:

No ano de 2159, existem duas classes de pessoas: os muito ricos, que vivem numa estação espacial imaculada construída pelo homem, chamada Elysium, e os demais, que vivem na Terra arruinada e superpovoada. As pessoas na Terra estão desesperadas para escapar da criminalidade e da pobreza do planeta, e precisam desesperadamente da assistência médica de ponta disponível em Elysium – mas alguns residentes de Elysium farão de tudo para impor o cumprimento das leis anti-imigração e preservar o estilo de vida luxuoso dos seus cidadãos.

O único homem com alguma chance de trazer igualdade a esses mundos é Max (Matt Damon), um sujeito comum que precisa urgentemente chegar a Elysium. Com a sua vida em risco, ele assume a contragosto uma missão perigosa que o colocará cara a cara contra a Secretária Delacourt (Jodie Foster), de Elysium, e seu exército linha-dura. Se ele for bem-sucedido, entretanto, poderá salvar não só a sua própria vida, mas também a de milhões de pessoas na Terra.

Excelente Ficção científica com críticas sociais. Pela proposta, “Elysium” era uma das grandes promessas do cinema. Eu estava curiosa e com grandes expectativas pelo Diretor e roteirista, Neil Blomkamp, do  “Distrito 9”,  que por sinal, é excelente.

O filme se passa em 2154, a Terra está devastada por ter sofrido sérias agressões ambientais e também mas parece um lixão, o ar não é mais o mesmo e a segurança extremamente péssima. Max (Matt Damon), ex-presidiário, trabalha em uma fábrica que constrói androides - até policiais, oficiais de justiça, são robôs na Terra. Max sofre um acidente no trabalho e infelizmente foi exposto a altos níveis de radiação, ele recebe uma notícia nem um pouco agradável - ele tem somente 5 dias de vida, após, morrerá. Max desde criança sonha em ir para Elysium junto com sua amiga de infância Frey ( Alice Braga) - Elysium é uma estação que circunda a terra e lá vivem os ricos, que é apenas 1% da população da Terra. Em Elysium não existe doença sem cura. Tudo é curável. Embora Elysim seja melhor do que a Terra, eles vivem uma vida artificial - uma utopia artificial - de forma que todos são extremamente felizes. Para garantir a segurança de Elysium a secretária Delacourt (Jodie Foster) - fará o que estiver ao seu alcance, até mesmo sugerir um golpe de "estado" . Ambiciosa e má, ela faz de tudo para que clandestinos vindo da Terra, jamais pisem em Elysium. Acontece que Max, agora mas do que nunca, precisa ir a Elysium para se curar. Então, ele vai atrás de Spider ( Wagner Moura), um coiote que leva pessoas a Elysium em troca de alguns serviços. E, em troca de um serviço de risco, Max se uni a Spider para chegar à estação espacial.

Primeiramente gostaria de falar sobre as atuações:  a atuação do Wagner Moura como "Spider", está excelente, claro que dentro do personagem proposto, nada comparado a sua atuação como Capitão Nascimento - em Tropa de Elite, mas, mesmo assim, o ator arrasou. Ficou um pouco a desejar a atuação da Alice Braga, talvez pela sua personagem ser um pouco sem "sal". Matt Damon, como sempre, excelente, mas também não chega nem perto das suas atuações nos filmes da franquia: O Legado Bourne.

A qualidade do filme não é nenhum espetáculo. Claro, não foi uma superprodução, também não sai de casa para ver Círculo de Fogo ou Star Trek, desde o inicio, já dava para ter uma noção nos trailers sobre a qualidade visual do filme e seus efeitos especias. Para mim, o mais importante foi a mensagem do filme, e não a qualidade visual e seus efeitos. É um planeta devastado, então, não esperava um filme muito bonito - visualmente falando.

O filme passa uma mensagem social muito grande, desigualdades e fatores políticos que levaram a exclusão de 99% da sociedade pobre, onde apenas os ricos vivem uma vida de Utopia artificial em Elysium. Eu realmente acredito que estamos perto de chegarmos a esse contexto - onde somente as pessoas de classes sociais elevadas, terão prioridade a uma forma de vida melhor do que os que são de poderes aquisitivos menores. Ou seja, nós pobres mortais, viveremos de forma penosa enquanto os ricos, certamente gozarão da felicidade. Se paramos para analisar, o mundo já se encaminha para isso. Não digo apenas de tratamentos médicos, também falo sobre habitação, alimentação e educação. Os impactos ambientais também são um problema, pois, com a devastação ambiental, as doenças surgem cada vez mais severas. E olha que ironia: quem não é um cidadão de Elysium, se ficar doente, morre. Tipo "foda-se", menos um pobre infeliz na terra. Será que nossos governantes hoje, não pensam do mesmo jeito? Tenho certeza que sim.

Então, fica para vocês a dica desse filme maravilhoso, que traz uma mensagem social puramente verdadeira.

Eu gostei e dou 4 estrelas para o filme.